Como o tempo muda as coisas. No tempo em que eles eram oposição e nós éramos a situação, eles não cansavam de bradar uma suposta diferença que existia entre eles e nós. Como eles eram puros e honestos quando aparecia um caso de corrupção! Como eles clamavam pela punição exemplar deste ou daquele e como eles enalteciam a revista "Veja" quando ela contribuiu para a queda do ex-presidente Fernando Collor de Mello, hoje da base aliada da Dilma.
Nós nunca negamos na época, e não negamos hoje, que a corrupção existe e que ela tem de ser combatida sempre. E era, tanto era que Collor caiu por bem menos do que algo como o mensalão. Hoje em dia, com eles no poder, já é difícil que caia um ministro corrupto, presidente então nem se fala.
E hoje eles bradam outra coisa. Eles invocam uma suposta igualdade entre corruptos do passado e corruptos do presente. Isso para dizer que são injustamente perseguidos, descriminados, já que "todos são assim".
A situação mudou, o discurso mudou. Essa é a igualdade petista: o que vale para os outros não vale para nós. Eles se acham seres superiores, automaticamente alinhados com o bem e com o povo. Muitos acreditam nessa "bravata" como diria o molusco. E talvez muitos deles acreditam mesmo nisso e por isso não percebem o mal que fazem ao povo, ao Brasil.
Eles não sabem a que ponto são nefastos.
