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| O CAPITAL E O MAL |
Ouve-se muito falar de uma suposta nova ordem mundial. Trata-se, entretanto, de um conceito mal explicado, vago. Podemos nos perguntar como é possível que um conceito tão essencial para o futuro das nações e dos indivíduos pode permanecer tão desconhecido. Existe uma agenda internacional? Sabemos que o comunismo tinha uma, tanto é que nunca houve império tão escancaradamente intervencionista quanto o império soviético. Pode-se dizer mesmo que o império dos Estados Unidos foi conseqüência de uma reação ao expansionismo declarado dos comunas. Por exemplo, contra quem os americanos teriam lutado no Vietnã se não houvesse comunismo por lá? E de onde veio aquele comunismo?
Atualmente, a idéia da agenda mundial comunista parece um pesadelo distante, mas não é. Quem observa de perto a política mundial percebe claramente várias tendências supra-nacionais, como o pan-islamismo, a União Européia e na America Latina, o Foro de São Paulo (esse, escancaradamente sucessor da internacional comunista). Temos também uma aliança internacional dos interesses do grande capital, aliança tácita, mas que existe.
Na China ocorreu uma casamento infernal entre o comunismo e o capitalismo. Que fique claro, trata-se de um capitalismo fechado, restrito àqueles que não ousam contestar o poder absoluto do estado, ou seja, do partido comunista chinês.
Foi um fato novo e perigoso, já que os grandes capitalistas perceberam que podem ganhar muito mais com reservas de mercados e tratamento preferencial dado a eles por ditaduras amigas, e os ditadores comunistas perceberam que uma economia de mercado pode existir e até reforçar uma ditadura como foi o caso na China.
Será que os poderosos do capital e os poderosos da política vão resistir à tentação de se unirem para assentarem seu poder e esmagar o individuo livre, concorrente e contestador de uma vez por todas?
Afinal, o que querem os poderosos?
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