Um blog destinado à luta contra a instauração de uma nova ditadura no Brasil







domingo, 26 de fevereiro de 2012

2012, um ano decisivo para a democracia na América Latina

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Nosso continente nunca foi muito bom de democracia. Essa nossa característica nos aproxima mais do que nos distancia do resto do mundo, pois, infelizmente, democracias sólidas, globalmente, representam a exceção e não a regra.

Os cínicos se apoiam nesse fator histórico para justificar sua acomodação com ditaduras passadas, presentes e, se depender deles, futuras. Há os que defendem mesmo a tese segundo a qual o autoritarismo faz parte da nossa natureza latina e que resistir a ele equivaleria a negar nossa essência.

De fato, os métodos autoritários empregados pelo Foro de São Paulo para minar a democracia em quase todos os países do continente têm dado frutos. Quanta admiração popular por tiranos autoritários que vão desde Fidel Castro a Hugo Chávez, ambos amigos próximos do nosso regime petista e que defendem, abertamente, o sistema de partido único, comunista e totalitário, sem liberdades individuais ou de imprensa. Os que insistem em desqualificar tais argumentos como sendo teorias conspiratórias, ou não leem os jornais, ou não conseguem enxergar o óbvio, cegados pela paixão populista, partidária ou ideológica.

Hugo Chávez, Kirchner, Evo Morales, Rafael Correa, Lula e Dilma, Daniel Ortega e outros presidentes da América Latina são marxistas radicais, inimigos da democracia, amigos da ditadura castrista, incrustaram-se todos no poder e acreditam cegamente que seu destino é ficar lá indefinidamente e promover a revolução socialista. Eles não o negam.

E assim tem sido durante a última década na América Latina, com mais ou menos intensidade e com algumas exceções, notadamente no Chile e no Panamá, países hoje governados por administradores experientes e pragmáticos, não por fanáticos marxistas. Não deixam de representar certa esperança democrática.

O ano de 2012 vai ser interessante e decisivo para esse processo todo. O mais importante será a eleição presidencial na Venezuela, aonde a oposição vem forte e unida com um candidato jovem e o mandatário mais abertamente ditatorial e revolucionário do continente mostra sinais de cansaço político e está seriamente debilitado por um câncer que, pelo que tudo indica, tirar-lhe-á a vida. Sua saída da presidência de seu país representaria um golpe duro contra o sistema internacional de apoio aos clones de Fidel e até contra o original.

No Brasil, os desmandos dos governos petistas, sua arrogância e sua falta de disposição de compartilhar democraticamente o poder, estão começando a provocar pequenas reações aqui e acolá, como as reações populares contra a corrupção e, sobretudo, contra a política dita "progressista" (controle da mídia, defesa do aborto, racialização da sociedade e tratamento especial para a orientação homossexual).

Apesar do domínio marxista em alguns segmentos, tais como na educação e na imprensa, a imensa maioria da população prefere, segundo pesquisas de opinião, os dogmas Cristãos, a economia de mercado e o enriquecimento individual.

O problema, para vários setores do PT, é a dificuldade de conciliar suas reivindicações com a vontade da maioria. Isso os tem levado a praticar contorcionismo ideológico em público (Dilma teve que negar que apoia o aborto, cancelar a distribuição do kit-gay do Haddad, desistir do controle da imprensa, demitir corruptos da era Lula, etc...), contrariando o PT e até Lula. Gilberto Carvalho teve de pedir desculpas aos evangélicos por ataques perpetuados contra eles. A impressão que se tem é que a política do Foro de São Paulo para o Brasil vem perdendo força, pelo menos por enquanto.

A prioridade do PT parece estar, hoje em dia, na conquista de São Paulo, município e Estado, para privar a oposição de oxigênio vital e conquistar a tão sonhada hegemonia gramsciana. Para tanto, Lula até aceitou se aliar ao Kassab, uma das figuras mais odiadas pelo petismo, pois derrotou Marta em 2008. Sentindo perigo real, Serra embarcou na disputa e melou os planos do Barba. Agora o PT vai ter de recorrer aos velhos truques (o plano B), a saber: baguncismo via sindicatos e movimentos sociais aparelhados, campanha eleitoral sórdida, repleta de mentiras, manipulação e ataques pessoais.

Para o desespero petista, Kassab era o plano A (racharia a aliança vitoriosa de São Paulo e ajudaria na conquista de votos da classe média), agora restou o plano B, que tende a não dar certo.

A previsão para 2012 é Serra prefeito e a caminho para mais uma tentativa para a presidência em 2014,Hugo Chávez derrotado por Capriles e pela doença.

2012 poderá ser o ano da retomada da democracia na América Latina. Vamos torcer e trabalhar para que assim seja.

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