Pela primeira vez desde que me lembro, o governo federal parece não ter chefe. É como se uma imensa empresa com um orçamento de bilhões de reais ficasse sem presidente executivo e os subalternos, não tendo a quem recorrer, vão levando a empresa em direções opostas, incoerentes. Lula achou que poderia governar um país como o Brasil com uma poste, errou feio e agora todos nós vamos e estamos pagando o preço. Pouco a pouco o governo Dilma vai se desintegrando, as metas prometidas durante a campanha vão ficando completamente inalcançáveis, a Copa do Mundo e as Olimpíadas, cada vez mais incertas,sem condições economicas para isso agora, dadas a necessidade de contenção de gastos trazidas pela pressão inflacionária e uma divida pública explosiva.
A pressão inflacionária exigiu aumento dos juros, o que torna qualquer gastança pública muito mais cara para os contribuintes. O ideal teria sido tocar os megaprojetos num ambiente de juros em baixa e folga orçamentária.
Enquanto isso, nossa presidente depende do ex-presidente Lula para exercer liderança política, que ELA deveria estar exercendo. O executivo virou um bicho de duas cabeças, e as duas bastante burras e com objetivos diferentes. O único objetivo que as duas cabeças têm em comum é que as duas gostariam de se eleger presidente em 2014 e isso não pode acabar bem. Hoje a bancada do PT no congresso está rachada, mas o grande racha ainda está por vir e virá no dia em que Dilma perceber que no nosso sistema só pode haver um chefe e esse chefe é a presidente.
Em 21 de Dezembro de 2010, publiquei o seguinte comentário: A Dilma, fruto da corrupção e da fraude eleitoral que permeou a campanha de 2010, representará na melhor das hipóteses lulo-petistas, um racha no partido, e na pior delas, o fim do poder de Lula pelos próximos quatro anos e a independência da presidente. AQUI
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