Um blog destinado à luta contra a instauração de uma nova ditadura no Brasil







sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Je ne suis pas Charlie (Eu não sou Charlie)

Stephane Charbonnier, editor chefe do Charlie Hebdo, assassinado, ligado ao Partido Comunista Francês e a Frente de Esquerda. No fundo três fotos (não satíricas) de um dos maiores homicidas da humanidade, Joseph Stalin. 

Eu não sou "Charlie" e vou explicar o porquê, mas antes, deixo uma coisa bem clara para os leitores de má-fé ou analfabetos funcionais: rejeito e condeno categoricamente as ações e o comportamento dos terroristas que cometeram aquele atentado covarde em Paris que ceifou a vida dos civis do periódico "Charlie Hebdo" e demais vítimas.

Primeiramente, algumas considerações sobre o periódico em questão: Trata-se de um panfleto descaradamente comunista, ele é destinado a atacar os pilares tradicionais, morais e religiosos da civilização ocidental. Tendo como regime ideal uma ditadura comunista, o periódico nunca defendeu a liberdade de expressão como um fim, mas simplesmente como um meio oportuno de realizar a revolução.

Mensagem aos amigos liberais: Após a revolução, a liberdade de expressão seria jogada fora como se fosse uma camisinha usada, portanto, transformar o "Charlie Hebdo" num simbolo da liberdade de expressão é um atentado contra a lógica elementar e a inteligência.

Eles.

Os revolucionários, comunistas e fundamentalistas islâmicos têm vários inimigos em comum: os Estados Unidos, Israel, o Cristianismo, as liberdades e as garantias fundamentais dos cidadãos, por isso são aliados frequentes quando se trata de combatê-los. Isso não significa que se amem. Que fique claro, são aliados em algumas oportunidades, mas seus objetivos finais são fundamentalmente diferentes. O comunista sonha com a ditadura do proletariado (materialismo e positivismo) e o fundamentalista sonha com o califado (teocrático). 

Mensagem aos amigos conservadores: Esse atentado em Paris representa um choque entre extremistas revolucionários.

Nós.

Todos nós que não apoiamos conscientemente esses movimentos revolucionários, e acredito que sejamos a imensa maioria no ocidente, devemos evitar posicionarmos de maneira contundente em qualquer um desses campos extremistas, assassinos e liberticidas para evitar fortalecê-los mais ainda. 

Mensagem aos amigos do mundo livre: Apesar de expressar nosso repúdio contra o assassinato de seres humanos, devemos reconhecer que o "Charlie Hebdo" não representa a liberdade de opinião e tenta obstinadamente destruir a civilização que tenta protegê-los em nome de tudo aquilo que eles mesmo abominam: a caridade cristã, o perdão cristão, as liberdades do Estado democrático de direito, os direitos humanos. 


Por isso, que fique claro: JE NE SUIS PAS CHARLIE !




4 comentários:

Eduardo Araújo disse...

Repito, concordando:

JE NE SUIS PAS CHARLIE!

Ótimo texto, ótimo blog! Conheci-o a partir de um comentário seu no blog do Aluizio Amorim.

Em reloação ao atentado: claro que foi uma atrocidade condenável por todos os aspectos. Isso, contudo, não deveria implicar na já quase "canonização" que estão fazendo dos chargistas assassinados e na verdadeira "sacralização" do hebdomadário deles, que atende a uma agenda política, como você bem expôs.

Abraço
Eduardo

Eduardo Araújo disse...

A propósito, em consonância com o seu texto, outro do Dr. Milton Pires, muito providencial:

http://www.alertatotal.net/2015/01/eu-nao-sou-charlie-hebdo.html

Anônimo disse...

Texto fantástico!!! Uma coisa que precisamos entender é justamente o "fanatismo". O Islã não é o Islamismo assim como o comunismo não é o socialismo. Seria a versão maléfica das duas coisas. Quando você questiona um comunista com algo do tipo "se vocês querem que todos ganhem salários iguais e vivam na miséria, porque seus líderes tem ganhar mais que todos e viver na riqueza?" ou quem segue o Islã com coisas do tipo "Mas se Alá é Deus na sua religião por que se converter se seguimos o mesmo Deus?" pode ter certeza pra eles não existe a máxima "A minha liberdade começa quanto acaba a sua". Um vai querer te mandar para o paredão por se contra a revolução e o outro vai querer te crucificar por tamanha heresia. É uma das coisas que eles odeiam na democracia: o dialogo e a liberdade de expressão e o pior de tudo que se daqui algumas décadas eles realmente vencerem, teremos outra "inquisição" ou seja, mais uns 300 anos de atraso para humanidade!!! E incrível como o ser humano nunca consegue viver em paz com ele mesmo.

Eduardo Araújo disse...

Anônimo, o socialismo, segundo Marx, é a preparação para o comunismo, portanto farinha do mesmo saco.

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