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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O destino dos tiranos

A última moradia de Kadafi




A última moradia de Sadam Hussein

Para os gregos antigos, o termo ‘tirano’ não significava necessariamente crueldade ou abuso de autoridade, mas um usurpador com poder supremo. Os governantes que conhecemos como Tiranos foi um grupo de indivíduos que tiraram o poder das cidades-estado gregas das mãos das aristocracias governantes, durante levantamentos da classe média nos séculos VI e VII a.C.

Os tiranos gregos tinham como principal intuito serem aceitos pelo mundo como protetores da justiça e da religião, e procuravam rodear-se de literatos e de artistas, que os transformavam em elementos benfeitores, conseguindo-lhes com isso simpatia e prestígio.

É muito interessante como a história se repete. Os tiranos gregos foram a expressão de uma revolta contra a aristocracia. O tirano da Líbia, Muammar Kadafi também foi uma expressão de uma revolta contra contra a aristocracia de seu país, mais precisamente, contra a Rei Idris I, deposto por um golpe militar liderado por Kadafi em 1969.

Quais são os tiranos modernos, ou seja, quais são os usurpadores com o poder supremo? Sadam Hussein, Fidel Castro, Kim Jung Il, Mão Tse Tung, Bashar Al-Assad e  Nicolae Ceauşescu são alguns dos nomes que nos vêm em mente.

Com décadas no poder, todos esses personagens têm histórias de realizações para contar. São essas realizações, ou melhorias, que usam para justificar sua existência e legitimidade.

Raramente, porém, suas realizações são suficientes, o que os obriga a usar a força, a brutalidade e a manipulação para poderem permanecer no poder.

Na Grécia antiga, o tempo dos tiranos representou uma fase de transição entre o governo das aristocracias e a primeira democracia do mundo, a de Atenas em 508 a.C. O mesmo acontecerá nos países árabes que estão se livrando de décadas de governos tirânicos? Só o futuro dirá.




Kadafi


Sadam Hussein

Nicolae Ceausescu

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