Um blog destinado à luta contra a instauração de uma nova ditadura no Brasil







sábado, 18 de junho de 2011

Justiça histórica: uma luz no fim do túnnel

Feliz oitenta anos, FHC!




Eu, como muitos outros, sempre defendi a obra do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Durante muito tempo, o Brasil estava acostumado ao fracasso, a ser um país praticamente falido. Com o caos na economia, os mais ricos e poderosos se beneficiavam, pois nunca aparecia uma força política com meios financeiros suficientemente sólidos para quebrar o domínio que o grande capital aliado aos velhos coronéis exerciam. Esse fato explica, inclusive, a eleição de um representante da velha casta dirigente, Fernando Collor de Melo, após 26 anos de ditadura e de domínio cultural do marxismo nas escolas e nas artes, domínio que era tolerado pelos militares para apaziguar os esquerdistas.  Do caos econômico do passado e político do impeachment de Collor surgiu Fernando Henrique Cardoso. Da tranquilidade institucional e econômica surgiu Luís Inácio Lula da Silva. Leiam a seguir um resumo da presidência de FHC e depois retorno para comentar.

Do site iFHC:

PRESIDÊNCIA

Sua Presidência foi marcada pela consolidação da
estabilidade monetária, pela modernização da economia, por
reformas nas contas e na gestão do setor público e pela
democratização do acesso às políticas sociais, além do
respeito às regras e aos ritos da democracia.

Apesar das várias crises externas que impactaram a economia
brasileira, a inflação se manteve baixa, na casa de um dígito
percentual anual, e assim continuou pelos anos seguintes.

As reformas, embora limitadas pela forte oposição no Congresso
Nacional, promoveram a modernização da infra-estrutura
econômica, com a abertura para investimentos privados nacionais
e estrangeiros nos setores de telecomunicações, energia elétrica,
petróleo, transportes e mineração.


As reformas da previdência social e da administração pública, a
renegociação das dívidas de estados e municípios, a privatização
e/ou restruturação dos bancos públicos e a adoção da Lei de
Responsabilidade Fiscal redefiniram as bases da gestão do Estado e
das contas públicas.


O acesso ao ensino fundamental, ao atendimento básico de saúde e
à previdência social foi praticamente universalizado. Os pequenos
agricultores tiveram acesso amplo à terra e ao crédito. A assistência
aos idosos e portadores de deficiência foi ampliada. Uma rede de
proteção social garantiu transferências de renda a mães e crianças
abaixo da linha de pobreza e estimulou sua freqüência à escola e à
rede básica de saúde.

Pela evolução positiva dos indicadores sociais do Brasil em seu
período de governo, Fernando Henrique recebeu das Nações
Unidas, em 2002, o prêmio "Mahbub ul Haq por Notável
Contribuição ao Desenvolvimento Humano".


Rotuladas de "neoliberais" e combatidas durante seu
governo, suas políticas nas áreas econômica, social e
institucional foram em linhas gerais mantidas pelo governo
que o sucedeu. Eleito o presidente Lula, Fernando Henrique
organizou a transição de modo a facilitar o acesso
antecipado da nova administração às informações relevantes
ao exercício do governo, fato até então inédito no país.

COMENTO

Não há duvidas que FHC teve uma presidência muito mais turbulenta do que Lula. Várias crises financeiras internacionais graves, quando comparadas a apenas uma na era Lula, aliadas ao estado de falência generalizado do país exigiram infinitamente mais talento político e técnico de  FHC. FHC teve de ser um capitão navegando por aguas agitadas, tempestades incessantes e com um navio cheio de infiltrações, tomando agua de todos os lados. Lula teve um céu de brigadeiro. 

Por que então destruir a reputação de um homem tão talentoso que fez tanto bem para o Brasil? Aí nos temos que entrar no turbilhão da mente petista e esquerdista radical. O momento, digamos assim, histórico, propício para um salvador da pátria carismático e popular, foi ocupado justamente por FHC, quando ele derrotou o próprio Lula. Foi até um momento de muita lucidez na história da política brasileira. FHC nunca teve aquela aura mística do salvador histórico, mas mesmo assim ele conseguiu convencer que era o melhor para assumir a presidência e colocar ordem naquela bagunça de uma vez por todas. O romantismo de Lula poderia vir depois, quando nós tivéssemos capital sobrando para tal luxo. Aquele momento significou a maior derrota para a esquerda radical na sua história no Brasil, pois é do caos que poder surgir uma ditadura qualquer, inclusive socialista ou comunista, sonho de desde sempre da imbecilidade marxista. Oito anos mais tarde, já era tarde demais; o Brasil já estava no caminho do desenvolvimento impulsionado pelo mercado mais ou menos livre e da democracia. O Brasil castrista deixou de ser uma realidade para sempre, por mais que Lula e os outros petistas fizeram de conta que não, com visitas e alianças com ditaduras, sempre mantiveram o país no rumo determinado pela presidência de Fernando Henrique Cardoso. Mas nunca perdoaram FHC e decidiram destruir sua reputação. Felizmente a mentira tem pernas curtas num ambiente de liberdade de circulação de informação, fato reconhecido por Dilma. Daí sua carta de reconhecimento a FHC por sua obra. Não deixa de ser um ponto positivo, a meu ver o único até agora, de sua presidência. 


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