Quantos sorrisos no carnaval! Pessoas dançando, transpirando, a noite toda ao som do samba ou do axé. Musica chata e repetitiva, sem conteúdo, sem melodia, gritada. Em muitos casos, bêbados matam outros bêbados na nossa fabulosa festa popular. O país inteiro se rende ao seu lado selva, selvagem, animalesco. Até a filha do Che assassino Guevara vem celebrar as mortes que seu pai causou, convidada de honra de uma "escola" de samba catarinense, de um bairro de luxo. Até a morte é banalizada no carnaval, assim como o sexo e a existência mesmo.
Foi assim durante as ditaduras de Vargas e dos militares de 64, foi assim durante as presidências do Collor, Itamar, FHC, do molusco e hoje é assim também, no governo da poste.
Durante uma semana o país é justificado, valeu a pena sobreviver mais um ano no patropi. Depois voltaremos à nossa vida de escravos dos políticos, esperando o próximo carnaval. Houve revolução neste país? Se houve, não vi. Quem sabe, talvez tenha sido melhor assim; o povo continua ignorante, mas pelo menos, seu carnaval, ninguém tira.
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