É hora de voltarmos a tempos mais simples. Lembrarmos um pouco da nossa infância, quando nossos pais nos diziam o quanto é feio pegarmos as coisas de nossos irmãos e irmãs sem lhes pedir licença.
O momento é de lembrarmos daquilo que sentíamos quando conseguíamos algo graças a uma mentira, um sentimento de vergonha que vinha lá do fundo da alma, que não foi colocado ali, porque ali sempre esteve. Daquele sentimento que nos motiva quando fazemos um esforço de devolver algo que encontramos por acaso, mas que não nos pertence.
É tempo de lembrarmos daquele sentimento puro, inequívoco, que acompanha um ato correto, justo, porque recompensa o trabalho honesto, reconhece a contribuição e o sacrifício que muitos fazem em prol de muitos outros e de si mesmos.
Tentamos dar um nome a esse sentimento: honestidade, retidão. Entretanto, sabemos que a melhor palavra mesmo é amor. Amor à vida, amor a nossos semelhantes.
Que tipo de pessoa vil chega ao poder graças à esperança de um povo e devolve apenas alguns trocados e belos discursos?
Que tipo de motivação torpe faz com que alguns fiquem milionários com fundos oriundos da saúde que poderiam estar salvando vidas de país, filhos, mães e filhas? Que mente abjeta aceita tudo isso de bom grado?
Eles se elegeram encima de um discurso de esperança e semearam a mentira e o roubo.
Contra tudo isso, marchemos!
Que Deus abençoe o dia doze de outubro.
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