Kennedy Alencar
Os seis meses de Dilma No balanço de cem dias do governo Dilma, prevaleceu um julgamento mais positivo do que negativo _incluindo manifestações de surpresa daqueles que duvidavam da capacidade da candidata do PT na eleição presidencial de 2010.Quem são "aqueles que duvidavam da capacidade da candidata do PT" e quais foram suas "manifestações"? Nem um exemplo? É, parece que vamos ter de confiar na palavra do nosso columnista...
Aos seis meses, apesar dos percalços, o saldo é favorável à primeira mulher presidente do Brasil.Grande analise! Que riqueza de detalhes! Saldo favorável, é preciso dizer mais? Eu, pessoalmente, observei pressão inflacionária e aumento dos juros, base aliada rebelde, atraso, bagunça e superfaturamento nas obras da copa do mundo, das olimpíadas e do PAC. No ritmo desse começo de governo, ficou evidente que a presidente não conseguirá executar a tempo a grande maioria das suas promessas de campanha; queda do ministro mais importante do governo por suspeita de corrupção e a constante necessidade de apelar ao ex-presidente Lula para várias ações e interpelações no congresso e no PT que ela foi incapaz de executar devido à sua inépcia política. A única utilidade dessa frase do Kennedy foi de nos lembrar que nossa atual presidente não possui o membro masculino...
O pior momento de sua administração aconteceu por razões sobre as quais a presidente tinha pouca responsabilidade. Foi um erro nomear Antônio Palocci Filho para a Casa Civil e concentrar tanto poder na pasta? Hoje parece fácil responder afirmativamente.Interessante escolha de palavras: a presidente tinha pouca responsabilidade pelas razões do pior momento de sua administração. Balela. O pior momento de sua administração, ao qual se refere o Kennedy, é evidentemente a queda de Palocci. A razão da sua queda se chama enriquecimento vertiginoso e misterioso e bastava a Dilma exigir de Palocci que apresentasse seus últimos extratos bancários e uma declaração de bens antes de escolher seu ministro mais importante. Hoje é fácil fazer isso e antes de nomeá-lo também teria sido.
Palocci, porém, cumpriu um papel fundamental na campanha e na formação do governo. Estabeleceu os laços necessários com o grande capital que sempre namorou José Serra, o candidato do PSDB em 2010. O sorridente Palocci se desgastou ao represar a sede peemedebista por espaço no governo. Enfim, ele foi útil à presidente enquanto manteve condição política de permanecer à frente da Casa Civil.Com isso eu concordo com Kennedy, ele entendeu bem o espirito lulopetista. Segundo o seu porém, apesar de tudo Palocci foi útil e até fundamental e é isso o que importa para um partido que pretende se agarrar ao poder a qualquer custo e que se dane a ética, a decência e a honestidade! (palavras inexistentes nos dicionários dos petistas).
Palocci caiu porque o padrão ético da política brasileira vem melhorando paulatinamente. A sociedade não aceitou o silêncio do ministro a respeito do meteórico enriquecimento.Ah, esse foi o meu trecho predileto, como devem ter adivinhado meus caros leitores. “PALOCCI CAIU PORQUE O PADRÃO ÉTICO DA POLÍTICA BRASILEIRA VEM MELHORANDO PAULATINAMENT"! Essa é ótima! A política brasileira e formada por seus políticos, se o padrão ético deles viesse melhorando eles não estariam caindo, ora bolas. A verdade é que a sociedade CONTINUA A NÃO ACEITAR O PADRÃO ÉTICO CADA VEZ PIOR DE NOSSOS POLÍTICOS.
Claro que crises sempre têm uma natureza ruim, mas podem ser oportunidades para correções de rumo e para aprender a governar. O ano de 2003 foi duro para Luiz Inácio Lula da Silva. A crise do mensalão, em 2005, muito mais. No entanto, também foram momentos em que Lula aprendeu a governar melhor. E ele saiu da Presidência com popularidade recorde para presidentes desde a redemocratização de 1985.Columnista que se preze nunca perde a oportunidade de reduzir a importância do maior golpe contra as instituições desde a redemocratização, o mensalão, que subordinou o congresso nacional ao executivo, de fato anulando um dos poderes da república e ao mesmo tempo inflar a importância de ser popular (popularidade = carisma + marketing eficiente + bilhões do orçamento de publicidade do governo, só isso). Quem é mais popular no Brasil, o Neymar ou o Lula? Tem importância? "Lula aprendeu a governar melhor", será? Que grande reforma importante ele fez no seu governo? NENHUMA!
Dilma, ministra fundamental para o êxito lulista, está aprendendo a ser presidente. Por mais experiência que um político tenha, esse trabalho é difícil pra chuchu. A cada dia, relatam governadores, senadores, deputados e integrantes do Executivo, ela aprende a ser mais presidencial e menos ministerial. Correndo risco de simplificar em excesso, a tradução é a seguinte: enxergar mais a floresta do que a árvore.Êxito lulista: manter a economia tucana, ficar popular, desequilibrar de maneira fraudulenta as eleições de 2010 para eleger a Dilma e torrando nosso dinheiro para tais fins. Ser presidente é um trabalho difícil e a Dilma está sendo um fracasso, só isso.
Foi uma boa decisão o recuo de Dilma ao prorrogar por mais três meses o prazo de pagamento de emendas parlamentares que fazem parte dos restos a pagar de 2009. Não valia a pena comprar uma crise com o Congresso Nacional neste momento. Ela tem sabido resistir a pressões. Não precisa dar provas de mandonismo explícito _este, sim, um aspecto de sua personalidade que incomoda auxiliares. Evidência disso: o discurso do ministro Nelson Jobim (Defesa) na homenagem do Congresso aos 80 anos de FHC. Com um governo com a maior base de apoio da história da democracia brasileira, o Kennedy consegue encontrar virtude na capacidade de Dilma de não comprar uma crise no congresso! Genial Dilma! Bem observado Kennedy!
Um bom presidente deve entender os limites do seu imenso poder, saber reavaliar decisões e admitir erros. Ideia fixa na política é um risco danado. Se ainda puder dar alguma leveza ao cargo, com certo charme no contato pessoal, melhor ainda. Mas, convenhamos, Presidência não é concurso de simpatia... Claro que não Kennedy, é um concurso de popularidade...
Aos seis meses de governo, Dilma está acertando os ponteiros. Na economia, a inflação deixou de ser uma grande ameaça. O crescimento econômico de 2011 deverá ser razoável para um ano de ajuste fiscal. O real valorizado em relação ao dólar se tornou um problema crônico, que tem entre as causas uma onda internacional e que precisa ser monitorado constantemente.Para conter a inflação, Dilma vai ter de, em época de preparação de dois megaeventos, reduzir gastos do governo. Quero ver esse milagre Kennedy! Só que você esqueceu-se da dívida pública explosiva de quase dois trilhões de reais, a perda do poder de compra do mínimo da Dilma que ficou abaixo da inflação...
Na política, provavelmente o Palácio do Planalto bancará a aprovação de um projeto que acabará com o sigilo eterno de documentos ultrassecretos. Há um entendimento com a oposição para criar a Comissão da Verdade sobre a ditadura militar de 1964. Dilma tem buscado dialogar com o Senado para amenizar o tom ruralista que a Câmara deu ao novo Código Florestal. Com atraso, tenta tirar do papel os projetos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.Sim Kennedy, com 50,000 assassinatos por ano, saúde e educação falidas, realmente, a Dilma escolheu bem suas prioridades políticas: sigilo de documentos, comprar briga com os militares e chamar o comunista histórico Aldo Rebelo de ruralista! Vai presidente! E mais, o atraso da Copa e das Olimpíadas JÁ ERA DELA, do seu tempo de "ministra fundamental para o êxito lulista"...
Das promessas de campanha, colocou na praça os planos de combate à miséria e de ampliação do acesso à banda larga na internet com preço acessível aos mais pobres.Há um rosário de problemas, como justificar uma ajuda de R$ 4 bilhões do BNDES à operação Pão de Açúcar-Carrefour. A presidente deve prestar contas à sociedade dessa benemerência com dinheiro com público. Não basta que as autoridades digam que o negócio é bom para o Brasil. A crise de Palocci ensinou a importância de dar satisfações ao distinto público. Puxa, ainda bem que teve o caso do Palocci, né Kennedy? Como é que a Dilma ia aprender a dar satisfação a seus eleitores e todos os cidadãos desse país administrado por ela? Valeu Palocci, grande consultor do Brasil!
No balanço dos seis meses, é honesto dizer que Dilma está presidindo bem.Não é honesto porque não é verdade. Dilma não está presidindo bem com Palocci conslutor, Ideli Salvati aloprada, ministério dos transportes podre de corrupção, tudo atrasado, juros mais altos, falta de direção, falta de prioridades políticas. DILMA NÃO ESTÁ PRESIDINDO BEM, MAS PARA UM COLUMNISTA*...
*Columnista: Neologismo criado pelo "GIPPER" para designar jornalistas cuja função é impor a visão ideológica da esquerda, especialmente uma visão pró-Lula/Dilma e pró-PT. Essa imposição partidário-ideológica se manifesta de várias maneiras, na escolha cuidadosa de palavras que contêm nas suas definições ideias e conceitos subordinados à ideologia, na avaliação mais generosa possível quando se trata de políticos ou fatos ligados à adiministração petista e seus aliados e o tratamento oposto a políticos e fatos ligados à oposição ou a forças que o marxismo condena, como o capitalismo, o mercado e os Estados Unidos. E não se trata somente de adaptar opiniões, não senhor, trata-se de DISTORCER FATOS MESMO, INVENTANDO-OS OU APAGANDO-OS SEGUNDO CONVÉM. Trata-se de engenharia social, ou manipulação mesmo.
Na política, provavelmente o Palácio do Planalto bancará a aprovação de um projeto que acabará com o sigilo eterno de documentos ultrassecretos. Há um entendimento com a oposição para criar a Comissão da Verdade sobre a ditadura militar de 1964. Dilma tem buscado dialogar com o Senado para amenizar o tom ruralista que a Câmara deu ao novo Código Florestal. Com atraso, tenta tirar do papel os projetos para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016.
*Columnista: Neologismo criado pelo "GIPPER" para designar jornalistas cuja função é impor a visão ideológica da esquerda, especialmente uma visão pró-Lula/Dilma e pró-PT. Essa imposição partidário-ideológica se manifesta de várias maneiras, na escolha cuidadosa de palavras que contêm nas suas definições ideias e conceitos subordinados à ideologia, na avaliação mais generosa possível quando se trata de políticos ou fatos ligados à adiministração petista e seus aliados e o tratamento oposto a políticos e fatos ligados à oposição ou a forças que o marxismo condena, como o capitalismo, o mercado e os Estados Unidos. E não se trata somente de adaptar opiniões, não senhor, trata-se de DISTORCER FATOS MESMO, INVENTANDO-OS OU APAGANDO-OS SEGUNDO CONVÉM. Trata-se de engenharia social, ou manipulação mesmo.
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