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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O País está se desindustrializando desde 1992 e com Dilmula está piorando!

O Brasil está se desindustrializando. E não vai ser nenhum pré-sal que vai substituir estes empregos, gerar empregos que distribuem renda e dão dignidade ao trabalhador. Um país como o Brasil não pode se dar ao luxo de perder indústria, até porque as importações um dia não darão mais conta da nossa demanda interna, causando um aumento da inflação. Esta situação já está evidente para as pessoas que comparam o custo de vida no Brasil com o dos países desenvolvidos, levando em conta o poder aquisitivo dos consumidores. Enquanto que um trabalhador brasileiro ganha uma fração daquilo que ganha seu colega americano ou europeu, ele paga nominalmente aproximadamente os mesmos preços, e muitas vezes bem mais, como é o caso de um automóvel. Compare o preço de um "Golf" da Volkswagen no Brasil e o preço deste automóvel nos Estados Unidos ou na Europa, e você verá que ele custa mais no Brasil, em dólares, reais ou euros.

Estados Unidos: Golf 2.5 l 2011, duas portas, zero quilometro: U$ 17,965 = R$ 30,226.

Brasil: Este mesmo carro não sairia por menos de R$70,000.

Nós perdemos duas vezes, no salário e no preço dos produtos que consumimos. É assim com o combustível, o minuto do telefone, a lista de produtos é muito longa. Dilmula não fez NADA para melhorar esta situação para nos. NADA.

Marcelo Rehder - O Estado de S.Paulo
Pressionada pelas importações, a indústria brasileira de transformação perdeu R$ 17,3 bilhões de produção e deixou de gerar 46 mil postos de trabalho em apenas nove meses de 2010. A informação é de um estudo inédito da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que mediu o impacto que o processo de perda relativa do setor na formação do Produto Interno Bruto (PIB) apresenta na economia brasileira.

Em dois anos, o chamado coeficiente de importação, que mede o porcentual da demanda interna suprido por produtos vindos do exterior, subiu quase dois pontos. Passou de 19,6%, no acumulado de janeiro a setembro de 2008 (pré-crise), para 21,2%, no mesmo período de 2010.
Se o setor não tivesse perdido participação para os produtos estrangeiros, as importações do setor cairiam de R$ 232,4 bilhões para R$ 215,1 bilhões, segundo a Fiesp. Ao mesmo tempo, a produção doméstica subiria de R$ 1,055 trilhão para R$ 1,072 trilhão. Esse crescimento da produção, de 1,6%, geraria aumento de 0,58% do emprego industrial.
"O País não pode se dar ao luxo de abrir mão de sua indústria na sua estratégia de desenvolvimento", afirma o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
No fim dos anos 1980, a indústria de transformação representava 27% do PIB brasileiro. Hoje, baixou para 16%, calcula a Fiesp com base na nova metodologia do Instituto Brasileiro de Geografia Estatísticas (IBGE), adotada a partir de 2007.
"É uma equação difícil de ser resolvida e não tem solução de curto prazo", diz Paulo Francini, diretor do departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp. "Além do problema do cambio valorizado, há a questão do custo Brasil, que acentua a perda de competitividade da nossa indústria."
Não é de hoje que a indústria vem perdendo espaço. "O País está se desindustrializando desde 1992", diz o ex-ministro da Fazenda Luiz Carlos Bresser-Pereira.
Para ele, o Brasil perdeu a possibilidade de "neutralizar a tendência estrutural à sobreposição cíclica da taxa de câmbio" quando fez a abertura financeira, no quadro de acordo com o FMI. "Em consequência, a moeda nacional se apreciou, as oportunidades de investimentos lucrativos voltados para a exportação diminuíram, a poupança caiu, o mercado interno foi inundado por bens importados e muitas empresas nacionais deixaram de crescer ou mesmo quebraram."

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