Um blog destinado à luta contra a instauração de uma nova ditadura no Brasil







quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Somos todos escravos no sentido de termos perdido nosso tempo de vida para beneficiar outrem sem a devida recompensa ou compensação

Eles trabalham de graça para o governo, e você?



Consoante o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (online), a palavra "escravismo" possui dois significados:

Escravismo
 (escravo + - ismo)
S. m.
1. Sistema que defende a escravatura.
2. Influência da prática da escravatura.

Neste país, já tivemos escravismo no sentido da primeira definição. Em 1888, a Lei Aurea pôs fim ao regime escravista brasileiro.

A segunda definição, apesar de  menos conhecida, descreve muito bem certas relações que determinam nossa vida no presente. Ela tem como origem e fundamento o desejo de dominação, de controle, de poder, de conforto, de facilidade. O escravismo também e motivado pelo status social, uma vez que quantos mais escravos o senhor possuir, mais importância lhe é dado na sociedade. Os senhores de hoje não defendem o escravismo, que se tornou politicamente inaceitável, mas continuam a alimentar todos aqueles desejos que dão origem  a influencia da sua prática.

Quem são os senhores e os escravos modernos? A resposta a esta pergunta está contida nas relações de trabalho. Quem trabalha? Quem recebe os frutos do trabalho? No sistema capitalista, o patrão é recompensado pelo risco de seu capital (que representa o fruto de um esforço no passado) e eventualmente seu trabalho de gestor. O empregado é recompensado pela contribuição que ele teve na obtenção do lucro e pelo sacrifício do seu tempo que foi dedicado a empresa ou empreitada. Se os ganhos e a compensação são considerados justos pelo valor e pelas circunstâncias de cada empreitada, então não podemos dizer que houve escravismo. Determinante também é a liberdade que as partes tiveram para negociar seus interesses.

SETÓR PRIVADO: possibilidade de escravismo
No setor privado há escravismo quando uma das partes, o patrão ou o empregado, chega à conclusão de que sua participação no empreendimento não valeu a pena, considerando o sacrifício de seu capital tempo, capital esforço, capital talento (tempo de vida, que é limitado), ou excesso de risco para seu capital liquido, financeiro (dinheiro).

São os senhores: patrões que pagam salários injustos (baixos demais), empregados que recebem salários injustos (altos demais), capitalistas que recebem lucros excessivos injustos (à custa de clientes enganados ou explorados por falta de opções).

São os escravos: patrões que pagam salários injustos (altos demais, exp.: salário mínimo, quando o trabalho do empregado não vale nem isso), empregados que recebem salários injustos (baixos demais),  capitalistas que recebem lucros excessivamente baixos (em relação ao risco e sucesso da empreitada, os lucros foram corroídos por impostos ou taxas ou litigância). São todos escravos no sentido de terem perdido seu tempo de vida para beneficiar outrem sem a devida compensação.

SETOR PÚBLICO: escravismo escancarado 
No setor público, há escravismo quando uma das partes, o Estado ou o contribuinte, chega à conclusão de que sua participação no empreendimento coletivo não valeu a pena, considerando o sacrifício de seu capital tempo, capital esforço, capital talento (tempo de vida, que é limitado), ou excesso de risco para seu capital liquido, financeiro (dinheiro).

São os senhores: Políticos ou burocratas que fixam impostos ou taxas altos demais em relação aos serviços prestados aos contribuintes.  Políticos ou burocratas que fixam seus salários altos demais em relação aos serviços prestados aos contribuintes. Determinante também é a liberdade que as partes tiveram para negociar seus interesses. Neste aspecto, há escravismo escancarado, uma vez que o nível de representatividade da câmara dos deputados é de apenas 7% por causa do sistema de coeficiente eleitoral. Além disso, os políticos têm liberdade total para fixar seus salários e benefícios, liberdade totalmente abusada. Temos também os beneficiários de bolsas sociais que poderiam preferir não trabalhar para receber dinheiro do contribuinte. O presidente Lula recebe a titulo de indenização da bolsa ditadura, seis mil mensais por ter ficado 31 dias preso, e chicotada pra cima do contribuinte!

São os escravos: Todos os contribuintes que não recebem uma justa compensação ou recompensa proporcionalmente às contribuições. Ou seja, a esmagadora maioria da população brasileira. Liberdade para negociar seus interesses? Os contribuintes não têm praticamente liberdade alguma para discordar dos impostos, restando apenas a opção de silenciosamente trabalhar para os senhores. O que recebemos em troca? Mentiras, corrupção, roubalheira, chacota, ameaças da policia e da bandidagem, manipulação eleitoral, educação e saúde péssimas.

Vai reclamar dos impostos? Toma!

CASA GRANDE







E SENAZALA




CONTROLE SOCIAL DA MÍDIA

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