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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

HERANÇA MALDITA DO LULA 3 :Como os juros altos estão matando o ganso dos ovos de ouro do Brasil.





JUROS, FRACASSO DE LULA



Ao mesmo tempo em que o Brasil está próximo de provar que ele pode competir com a Índia e a China como um grande modelo de desenvolvimento financeiro de sucesso, seu crescimento é freado em grande parte pelos seus juros altos.
Neste texto, vamos examinar as origens e as consequências de juros tão altos para ver quais recomendações podem surgir para Brasília incentivar mais sucesso financeiro para sua economia.

Efeitos dos juros altos
O Plano Real, lançado em 1994, consistiu na introdução de uma nova moeda (o real), uma indexação de preços e salários e o controle legal do orçamento governamental pelo Congresso Nacional. Ele foi complementado logicamente por uma taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) extremamente alta, a taxa de empréstimo “overnight” do Banco Central (aquela usada pelo Banco Central para influenciar a política monetária).
Realmente, juros mais altos torna mais caro a tomada de empréstimos, por isso a demanda domestica diminui e a subida de preços também. Globalmente, o plano teve sucesso para derrubar a inflação mesmo se a reforma fiscal não foi tão eficaz quanto o esperado e apesar do Brasil ainda estar confrontado com uma divida que incomodava.

O preço deste sucesso foi que a taxa SELIC extremamente elevada (atualmente em 8,75%%, a taxa mais alta do mundo) que desestimula o credito. Tais taxas de empréstimo “overnight” continuam a estar na raiz de incontáveis amarras e custos adicionais para indivíduos e empresas, especialmente aquelas que buscam financiamento para projetos de longo prazo.

Não somente estas taxas de juros elevadas trazem consequências terríveis para a economia brasileira, mas elas também descriminam contra os agentes econômicos mais pobres enquanto as maiores empresas parecem conseguir se livrarem deste aperto de crédito. Elas têm acesso a financiamento externo, como as trinta e três firmas que estão atualmente listadas na Bolsa de Valores de Nova York.
As grandes empresas também se beneficiam de taxas de juros abaixo do mercado de instituições internacionais de empréstimos, tais como a Corporação Financeira Internacional do Banco Mundial (World Bank's International Finance Corporation (IFC)) e têm a possibilidade de diversificar sua estrutura de divida através de vários emprestadores, mecanismos e moedas diferentes.
Inversamente, no baixo da escada econômica, pequenas e médias empresas não conseguem superar esta falta de capital e tipicamente ficam sem opções para obtenção de crédito. De acordo com a avaliação dos negócios do mundo, do Banco Mundial (World Bank's World Business Survey), noventa por cento (90%) das pequenas empresas brasileiras escolheram juros altos como um de seus maiores problemas.

Além de restringir o desenvolvimento das menores empresas no Brasil, juros tão altos também os impedem de se formalizarem. Realisticamente, a única motivação para empresas de se formalizarem, ou seja, pagarem mais impostos e burocracia, é ter acesso aos empréstimos bancários. Mas como os empréstimos são previsivelmente submetidos a juros altos raramente realistas, pequenos empreendedores escolhem ficar na informalidade e preferem pegar dinheiro emprestado de amigos e membros da família.

Desta maneira, o desenvolvimento do Brasil de baixo para cima e a redução das desigualdades são solapados pelos juros exorbitantes e “spreads” exorbitantes (a diferença entre as taxas que os bancos pagam para pegar empréstimos e taxa que eles cobram para emprestar), que impedem os brasileiros mais pobres de pegar empréstimos. Além disso, essa tendência é agravada pela situação de quase autarquia e economia orientada para dentro que restringe acesso a financiamento externo.  










Um comentário:

Edivaldo Camargo disse...

Existe plena evidência que altissimos juros são a anthiteses do crescimento econômico de uma nação. Tambem temos plena evidência que os juros são motivos de desistência por parte de muitos de se tornarem auto suficientes e o oposto acontece, muitos se tornam dependentes do governo. Essas pessoas têem a tendência de votarem para os candidatos políticos que prometem mais redistribuição do dinheiro de outros. Eleitores dependentes são tambem mais susceptíveis a manipulação pelos políticos que usam o medo da perda dos benefícios do governo para serem re-eleitos. Dependência solapa o conceito de "Governo do povo, para o povo" porque a dependência faz do governo o mestre do povo.

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