Uma cultura de passividade e apatia, cidadãos obedientes e dóceis, não são consistentes com a democracia.
A participação também é um componente necessário, uma vez que apatia e abstenção são inimigas da democracia.
Numa democracia, o governo é somente um elemento no tecido social de múltiplas e variadas instituições, organizações políticas e associações. Uma democracia saudável requer a participação ativa e de iniciativa própria dos cidadãos.
Democracias prosperam quando cidadãos estão dispostos a participar do debate público, eleger representantes e se afiliarem a partidos políticos. Sem esta larga participação sustentadora, a democracia começa a morrer e se torna o domínio de pequenos e seletos grupos.
Comento:
Acima estão alguns trechos de um estudo sobre a democracia. Num recente ranking de democracia no mundo, no qual o Brasil obteve uma posição medíocre, o grande fator de desqualificação da nossa democracia foi a falta de participação dos cidadãos comuns no processo político, que vai além do ato de votar.
Hoje se discute no congresso nacional uma reforma política. Se esse debate não ganhar as ruas, os bairros, os escritórios, as escolas e universidades, nós brasileiros seremos, mais uma vez, vítimas da nossa própria alienação e o resultado de tal reforma política será mais em benefício do seleto grupo que nos governa do que do cidadão.
Qual reforma política nos interessa? Aquela que aumenta a representatividade na Câmara dos Deputados, que hoje é de apenas sete por cento devido aos quocientes eleitoral e partidário.
A proibição do presidente da república de se engajar de maneira contundente nas disputas eleitorais. Seria para garantir a igualdade de condições entre os candidatos e evitar a eleição de "postes".
Para os deputados e senadores, um sistema que permita que eleitores possam se identificar com seus representantes (voto distrital) e, consequentemente, cobrar deles.
E hora de estarmos atentos e vigilantes.
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